Sobre Confiança

 


https://youtu.be/65f5iCbWf1I?si=_u8NJDqpQdbByaU6

Miquéias 7:4-7 traz uma tensão entre a necessidade da comunhão e a realidade da corrupção humana, apontando para a única fonte verdadeira de confiança: Deus.

Analisando o Texto:

Miquéias 7:4-7 (NVI):
"O melhor deles é como um espinheiro, o mais justo é pior que uma cerca de espinhos. Chegou o dia anunciado por suas sentinelas, o dia do castigo. Agora reinará a confusão entre eles. Não confiem nos vizinhos; não confiem nos amigos. Até com aquela que o abraça tenha cuidado com o que você diz. Pois o filho despreza o pai, a filha se rebela contra a mãe, a nora contra a sogra; os inimigos do homem são os seus próprios familiares. Mas quanto a mim, ficarei atento ao Senhor, esperarei em Deus, meu Salvador; o meu Deus me ouvirá."

A Dualidade: Comunhão vs. Confiança absoluta

  1. O estado de corrupção humana:
    O profeta denuncia que até os melhores entre o povo são comparáveis a espinhos—alguém que deveria oferecer proteção e justiça, mas que acaba ferindo. Isso mostra a decadência da sociedade, onde até mesmo os relacionamentos mais próximos são prejudicados pelo pecado.

  2. A desconfiança nas relações humanas:
    Miquéias adverte que não se pode confiar nem mesmo em vizinhos, amigos ou familiares. Isso não significa que a comunhão deva ser evitada, mas que não devemos depositar nossa confiança plena nas pessoas, pois o pecado pode levar à traição e à decepção.

  3. A confiança total em Deus:
    Diante dessa realidade, Miquéias afirma sua postura: "Mas quanto a mim, ficarei atento ao Senhor, esperarei em Deus, meu Salvador." Isso indica que, embora precisemos conviver em sociedade, nossa segurança, esperança e salvação vêm exclusivamente de Deus.

Aplicação prática:

  • Precisamos de comunhão: Deus nos fez seres relacionais, e o Novo Testamento enfatiza a importância do corpo de Cristo, da igreja e da vida em comunidade (Hebreus 10:25, Romanos 12:10).
  • Mas a confiança absoluta deve estar em Deus: Assim como Miquéias reconheceu que os homens podem falhar, devemos ter discernimento e depender de Deus acima de tudo. Salmos 118:8 reforça isso: "Melhor é confiar no Senhor do que confiar no homem."

Portanto, a solução não é viver isolado, mas ter comunhão com sabedoria, sabendo que nossa esperança e segurança não estão nos relacionamentos humanos, mas no Senhor.


O equilíbrio entre viver em comunhão e confiar somente em Deus sem ser falso é um desafio real, especialmente quando enfrentamos traições e injustiças. A chave está em três princípios bíblicos: sabedoria, perdão e discernimento.  


1. Ser sábio sem ser amargo  

Miquéias 7:5-6 alerta sobre a corrupção humana, mas isso não significa que devemos viver desconfiando de todos. Jesus também sabia que as pessoas podiam falhar, mas isso não o impediu de se relacionar. Ele ensinou:  

"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas." (Mateus 10:16)  


- Prudência: Ter cuidado com quem confiamos sem ser amargurado.  

- Inofensividade: Não retribuir mal com mal, mas agir com graça e verdade.  


2. Perdoar sem ser ingênuo 

Perdão não significa confiar cegamente novamente. Jesus perdoou Pedro por negá-lo, mas não confiou da mesma forma em Judas, pois sabia seu coração.  


- Efésios 4:32: "Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo."

- Perdoar nos liberta da mágoa, mas confiar novamente é um processo.  


3. Ter discernimento para escolher bem nossas relações

Nem todas as pessoas são confiáveis, mas isso não significa que todas são ruins. A Bíblia ensina a andar com os sábios (Provérbios 13:20) e evitar companhias tóxicas (1 Coríntios 15:33).  


- Escolher bem com quem compartilhar nossas dores e segredos.  

- Manter relacionamentos saudáveis baseados em verdade e maturidade.  


Conclusão: Como equilibrar isso na prática?  

1. Ser verdadeiro, mas com sabedoria – Não fingir gostar de alguém, mas também não alimentar ressentimento.  

2. Ser prudente na confiança – Relacionar-se sem expor o coração para qualquer um.  

3. Colocar nossa segurança em Deus – Confiar nas pessoas de forma realista, sabendo que apenas Deus é infalível.  


Assim, podemos viver em comunhão sem hipocrisia, sabendo que nossa esperança não está nos homens, mas no Senhor.

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