ONDE?
Não temos informações detalhadas sobre onde Mateus escreveu o Evangelho que leva seu nome. No entanto, é provável que ele tenha escrito em algum lugar da região do Mediterrâneo oriental, onde o grego koiné era a língua comum da época.
O Evangelho de Mateus é tradicionalmente associado à comunidade cristã e pode ter sido escrito em algum local onde Mateus estava ministrando ou onde havia uma comunidade cristã ativa. Algumas tradições cristãs sugerem que Mateus teria escrito seu evangelho em Antioquia, Síria, mas essa é uma tradição e não uma informação histórica comprovada.
Em suma, embora não saibamos o local exato onde Mateus escreveu seu Evangelho, é seguro assumir que ele o escreveu em algum lugar da região do Mediterrâneo oriental, onde estava envolvido com a comunidade cristã e onde o grego koiné era a língua predominante.
Os registros escritos do Novo Testamento da Bíblia, incluindo o Evangelho de Mateus, foram encontrados em vários locais ao longo dos anos. Os manuscritos do Novo Testamento foram preservados em cópias manuscritas feitas por escribas ao longo dos séculos. Alguns dos locais mais significativos onde esses manuscritos foram encontrados incluem:
1. **Bibliotecas e Mosteiros:** Muitos dos manuscritos do Novo Testamento foram encontrados em bibliotecas de mosteiros e igrejas antigas, onde eram cuidadosamente copiados e preservados ao longo do tempo. Por exemplo, o Codex Vaticanus e o Codex Sinaiticus, dois dos manuscritos mais antigos do Novo Testamento, foram encontrados em bibliotecas de mosteiros.
2. **Egito:** Uma grande quantidade de manuscritos antigos foi descoberta no Egito, em locais como Oxyrhynchus e Nag Hammadi. Alguns desses manuscritos contêm textos do Novo Testamento, bem como outros textos cristãos e gnósticos.
3. **Outras regiões do Oriente Médio:** Manuscritos antigos também foram encontrados em outras regiões do Oriente Médio, como Síria e Turquia. Por exemplo, o Papiro de Rylands, que contém um fragmento do Evangelho de João, foi descoberto no Egito, mas está abrigado na Universidade de Manchester, no Reino Unido.
4. **Museus e Instituições Acadêmicas:** Hoje em dia, muitos dos manuscritos do Novo Testamento estão preservados em museus e instituições acadêmicas ao redor do mundo, como a Biblioteca Britânica, o Museu do Louvre e a Biblioteca do Vaticano.
É importante observar que a descoberta de manuscritos antigos do Novo Testamento é um campo de estudo contínuo, e novas descobertas ainda podem ocorrer. Esses manuscritos desempenham um papel fundamental na pesquisa acadêmica sobre o Novo Testamento e na compreensão dos textos bíblicos.
Os manuscritos do Novo Testamento foram encontrados por várias pessoas e grupos ao longo dos anos, muitas vezes por acaso. Alguns dos principais descobridores e circunstâncias de descoberta incluem:
1. **Constantino Tischendorf:** Este renomado estudioso bíblico alemão é conhecido por suas descobertas importantes, incluindo o Codex Sinaiticus. Em 1844 e novamente em 1859, Tischendorf visitou o Mosteiro de Santa Catarina no Monte Sinai, onde encontrou manuscritos antigos, incluindo o Codex Sinaiticus, que é um dos mais antigos e completos manuscritos do Novo Testamento em grego.
2. **Bernard Pyne Grenfell e Arthur Surridge Hunt:** Em 1896, esses dois arqueólogos britânicos descobriram uma grande coleção de papiros antigos em Oxyrhynchus, Egito, que incluía fragmentos de textos do Novo Testamento, bem como outras obras literárias. Essas descobertas ajudaram a enriquecer nossa compreensão dos textos bíblicos e da literatura da época.
3. **Nag Hammadi Library:** Em 1945, um grupo de camponeses encontrou uma coleção de antigos manuscritos cristãos gnósticos em Nag Hammadi, no Egito. Embora esses manuscritos não façam parte do cânon do Novo Testamento, eles forneceram insights valiosos sobre o cristianismo primitivo e os movimentos religiosos da época.
4. **Outros colecionadores e pesquisadores:** Ao longo dos anos, diversos colecionadores, acadêmicos e arqueólogos fizeram descobertas significativas de manuscritos do Novo Testamento em várias partes do mundo, muitas vezes durante escavações arqueológicas ou ao examinar coleções antigas em bibliotecas e mosteiros.
Essas descobertas têm sido cruciais para o estudo e a preservação dos textos do Novo Testamento e têm desempenhado um papel fundamental na pesquisa acadêmica e teológica sobre a Bíblia.
A compilação dos textos que compõem a Bíblia ocorreu ao longo de um período de vários séculos e envolveu muitos escritores, editores e concílios religiosos. A Bíblia é composta por dois principais conjuntos de escrituras: o Antigo Testamento e o Novo Testamento.
1. **Antigo Testamento:** A formação do Antigo Testamento ocorreu ao longo de um período de muitos séculos, com os textos sendo escritos e coletados gradualmente. Os livros do Antigo Testamento foram escritos por diferentes autores em hebraico e aramaico entre os séculos XIII a.C. e II a.C. Esses textos incluem escrituras religiosas, históricas, poéticas e proféticas que documentam a história e a fé do povo judeu. A coleção dos livros do Antigo Testamento foi um processo gradual, e os detalhes exatos da formação dessa coleção variam entre as tradições judaicas e cristãs.
2. **Novo Testamento:** A formação do Novo Testamento começou com os escritos dos apóstolos e outros seguidores de Jesus. Os Evangelhos, Atos dos Apóstolos, Epístolas e o Livro do Apocalipse foram escritos entre o primeiro e o segundo séculos d.C. Esses escritos circularam inicialmente como documentos individuais em comunidades cristãs e igrejas locais. A coleta e a canonização (processo de aceitação como escritura sagrada) desses textos variaram de uma região para outra e ao longo do tempo.
A canonização do Novo Testamento foi influenciada por critérios como apostolicidade (ligação com um apóstolo ou associado a um apóstolo), ortodoxia (conformidade com a doutrina cristã aceita) e aceitação pela comunidade cristã. Os primeiros registros de uma lista formal dos livros do Novo Testamento datam do final do segundo século d.C., mas a confirmação da lista canônica variou de uma região para outra. O processo de reconhecimento do cânon do Novo Testamento foi finalizado no quarto século d.C., com decisões tomadas em concílios ecumênicos como o Concílio de Hipona (393 d.C.) e o Concílio de Cartago (397 e 419 d.C.).
Portanto, a compilação e a canonização da Bíblia como a conhecemos hoje foram processos graduais que se estenderam ao longo de vários séculos, com decisões finais sobre o cânon sendo tomadas em concílios cristãos no período pós-apostólico.
Os originais do Livro de Gênesis, como os originais de muitos outros livros da Bíblia, não sobreviveram até os dias de hoje. O Livro de Gênesis faz parte do Antigo Testamento da Bíblia e foi escrito há milhares de anos, sendo um dos livros mais antigos da Bíblia hebraica.
Os textos originais do Antigo Testamento foram escritos em hebraico antigo, com partes menores em aramaico, e foram preservados ao longo dos séculos por meio de cópias manuscritas feitas por escribas judeus. Esses manuscritos antigos eram geralmente escritos em rolos de papiro ou pergaminho.
À medida que as cópias eram feitas, erros de cópia, variações textuais e edições menores foram introduzidos. Essas cópias manuscritas eram usadas em sinagogas e templos judeus e foram copiadas repetidamente à mão por gerações de escribas.
Hoje, os manuscritos mais antigos conhecidos do Antigo Testamento em hebraico são datados de cerca do século X d.C., sendo o Códice de Leningrado uma das cópias mais completas e famosas. No entanto, esses manuscritos são cópias posteriores, e os textos originais escritos por autores antigos como Moisés (tradicionalmente considerado o autor de Gênesis) não sobreviveram até os dias de hoje.
A Bíblia que temos hoje é baseada na tradição textual dessas cópias manuscritas antigas e foi compilada a partir de manuscritos hebraicos e gregos, com os estudiosos bíblicos usando técnicas de crítica textual para reconstruir o texto mais próximo possível dos originais perdidos.
Não existem manuscritos originais da Bíblia em hebraico ou grego antigo que sobreviveram até os dias de hoje. Os manuscritos mais antigos que temos da Bíblia são cópias feitas por escribas ao longo dos séculos. Os textos originais escritos pelos autores da Bíblia não foram preservados.
Os manuscritos mais antigos do Antigo Testamento em hebraico, por exemplo, datam do primeiro milênio d.C. e incluem o Códice de Leningrado, que é uma cópia completa do Antigo Testamento. Para o Novo Testamento, os manuscritos mais antigos em grego datam do segundo século d.C., como o Papiro 52 (também conhecido como Papiro Rylands 52), que contém partes do Evangelho de João.
Esses manuscritos antigos são cópias que foram produzidas muito depois dos textos originais terem sido escritos. Os estudiosos bíblicos usam técnicas de crítica textual para estudar e comparar diferentes manuscritos a fim de determinar o texto mais próximo possível do original, mas os textos originais em si não existem mais.
Portanto, não há um único lugar onde se possam encontrar os manuscritos originais da Bíblia, pois eles não sobreviveram até os dias de hoje devido à passagem do tempo, ao desgaste dos materiais e a várias outras circunstâncias históricas.
Daí a importância de continuarmos registrando... SE hoje temos acesso foi porque os escribas reproduziram os originais a que tiveram acesso. Nós precisamos seguir reproduzindo fielmente esses originais a fim de que permaneçam.
O Evangelho de Mateus foi escrito em grego koiné, que era a língua comum da época no Mediterrâneo oriental e a língua em que a maioria do Novo Testamento foi originalmente escrita. Mateus, sendo um dos discípulos de Jesus e um cobrador de impostos, era alfabetizado e capaz de escrever em grego koiné.
Embora não tenhamos um registro direto do processo exato de escrita do Evangelho de Mateus, é razoável supor que Mateus tenha usado notas, memórias pessoais e relatos orais de sua experiência com Jesus e dos ensinamentos de Jesus. Ele pode ter consultado outros evangelhos orais ou escritos que estavam circulando na comunidade cristã da época.
Mateus provavelmente trabalhou com cuidado para compilar e organizar as histórias e os ensinamentos de Jesus em uma narrativa coesa e coerente. O resultado é o Evangelho de Mateus, que é um dos quatro evangelhos do Novo Testamento da Bíblia.
Na época em que o Evangelho de Mateus foi escrito, que é o primeiro século da Era Comum (d.C.), os materiais de escrita comuns incluíam papiros e pergaminhos.
1. **Papiro:** O papiro era feito a partir da planta de papiro, e era um dos materiais de escrita mais comuns na antiguidade. As folhas de papiro eram coladas umas às outras para formar rolos longos, que podiam ser usados para escrever textos extensos. O papiro era leve e relativamente acessível.
2. **Pergaminho:** O pergaminho era feito de peles de animais, principalmente de ovelhas ou cabras, que eram preparadas e tratadas para se tornarem uma superfície durável para a escrita. O pergaminho era mais durável e resistente do que o papiro, mas também mais caro.
Os autores antigos usavam canetas de ponta afiada feitas de cana ou bambu para escrever em papiros ou pergaminhos. A tinta era geralmente à base de carvão ou de materiais orgânicos. Os manuscritos antigos eram frequentemente enrolados em forma de rolos para armazenamento e leitura.
Logo, é provável que Mateus tenha usado papiro ou, possivelmente, pergaminho para escrever seu Evangelho, mas não temos informações específicas sobre o material exato que ele utilizou.
Na época em que o Evangelho de Mateus foi escrito, que é o primeiro século da Era Comum (d.C.), não se utilizava lápis, canetas ou instrumentos de escrita semelhantes aos que usamos hoje. Em vez disso, os escritores antigos usavam canetas de ponta afiada feitas de materiais como cana, bambu ou junco, conhecidas como "cálamos" ou "penas de escrever."
Essas canetas eram usadas para aplicar tinta em uma superfície, como papiro ou pergaminho, a fim de criar manuscritos. A tinta utilizada era frequentemente à base de carvão, óleo ou materiais orgânicos. O processo de escrita era manual e exigia habilidade para criar letras legíveis.
Desse modo, Mateus e outros escritores daquela época não usavam lápis ou canetas como entendemos hoje, mas sim canetas de ponta afiada que permitiam a escrita em superfícies como papiro ou pergaminho.
A ideia de que o Evangelho de Mateus foi escrito com um foco particular nos judeus é uma conclusão que muitos estudiosos da Bíblia e teólogos alcançaram com base em várias características do texto e do conteúdo do livro. No entanto, é importante observar que essa é uma interpretação acadêmica e teológica, e não há uma "prova" definitiva única que confirme essa perspectiva. Em vez disso, várias evidências e características do Evangelho de Mateus sustentam essa interpretação:
1. **Ênfase nas Profecias do Antigo Testamento:** O Evangelho de Mateus contém várias referências às profecias do Antigo Testamento que são significativas para os judeus, como as profecias messiânicas. Mateus frequentemente cita ou faz referência a essas profecias para mostrar como Jesus cumpre as expectativas messiânicas judaicas.
2. **Referências à Lei e à Tradição Judaica:** Mateus enfatiza a relação de Jesus com a Lei Judaica (a Torá) e a tradição religiosa judaica. Ele registra os ensinamentos de Jesus sobre a Lei e enfatiza a importância da justiça e do cumprimento da Lei.
3. **Abordagem de Diálogo com os Líderes Judeus:** O Evangelho de Mateus inclui diálogos e confrontos entre Jesus e os líderes religiosos judeus, como fariseus e escribas, destacando questões relacionadas à observância da Lei e à autoridade de Jesus.
4. **Ensinamentos Sobre a Comunidade Judaica:** Mateus inclui ensinamentos específicos de Jesus sobre a comunidade judaica, incluindo instruções sobre como tratar irmãos na fé e questões relacionadas à vida na comunidade.
5. **Contexto Cultural e Geográfico:** Mateus inclui referências geográficas e culturais que seriam mais familiares aos judeus da época, indicando uma sensibilidade ao público judaico.
6. **Ênfase na Genealogia:** O Evangelho de Mateus inclui uma genealogia de Jesus que traça sua linhagem até Abraão, enfatizando assim suas raízes judaicas.
Embora essas características sugiram que o Evangelho de Mateus tinha um público judaico em mente e estava preocupado em conectar a mensagem de Jesus com a tradição judaica, é importante lembrar que a interpretação e o entendimento das intenções do autor podem variar entre estudiosos e teólogos. Acredita-se que Mateus seja o evangelista mais orientado para um público judaico, mas isso não exclui a aplicação de seus ensinamentos a um público mais amplo.
O Livro de Mateus, que é o primeiro dos quatro evangelhos do Novo Testamento da Bíblia, está estruturado de maneira organizada para apresentar a vida, os ensinamentos e os eventos relacionados a Jesus Cristo. A estrutura geral do Evangelho de Mateus pode ser dividida em várias seções principais:
1. **Genealogia e Nascimento de Jesus (Mateus 1-2):** O evangelho começa com a genealogia de Jesus, traçando sua linhagem desde Abraão e Davi. Em seguida, descreve o nascimento de Jesus em Belém, sua adoração pelos magos e a fuga da Sagrada Família para o Egito.
2. **O Ministério Inicial de Jesus (Mateus 3-4):** Esta seção descreve o ministério de João Batista, o batismo de Jesus por João e a tentação de Jesus no deserto. Ela estabelece o início do ministério público de Jesus.
3. **Os Ensinamentos de Jesus (Mateus 5-7):** Este é o famoso Sermão da Montanha, no qual Jesus ensina sobre as bem-aventuranças, o papel da Lei, o amor ao próximo e outros princípios morais e éticos fundamentais.
4. **Os Milagres e Ensinos de Jesus (Mateus 8-25):** Esta é a parte mais longa do livro e abrange uma série de milagres realizados por Jesus, incluindo curas e a alimentação das multidões. Também inclui muitos ensinamentos de Jesus em forma de parábolas, discursos e debates com líderes religiosos.
5. **A Paixão e a Ressurreição (Mateus 26-28):** Esta seção descreve os eventos que levaram à crucificação de Jesus, sua morte e ressurreição. Ela culmina com a Grande Comissão, na qual Jesus envia seus discípulos para fazer discípulos de todas as nações.
Além dessa estrutura geral, o Evangelho de Mateus apresenta várias histórias e incidentes específicos que ilustram os ensinamentos e a natureza de Jesus como o Messias e o Filho de Deus. A estrutura do livro destina-se a apresentar uma visão completa da vida e dos ensinamentos de Jesus, bem como a estabelecer sua identidade como o cumprimento das promessas messiânicas do Antigo Testamento.
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